Destaque do Mês

Internet e cognição

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Divulgando a Miniquest

Uma miniquest pode ser um excelente recurso para os professores, pois pode ser aplicado em períodos de até 50 min. É a tarefa ideal para dinamizar as aulas e oportunizar os questionamentos, despertar a curiosidade e o interesse dos alunos.
Elaborei uma miniquest sobre Mídias na Educação, voltada para a Educação a Distância, nos cursos de Introdução à Educação Digital (40h) que são oferecidos no NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) Carazinho. Chama-se Práticas Virtuais e está disponível no endereço:
http://www.webquestbrasil.org/criador/miniquest/soporte_tablon_m.php?id_actividad=20711&id_pagina=1

domingo, 19 de setembro de 2010

Webquest na educação

Uma webquest é uma metodologia educacional direcionada para a pesquisa na internet. Não que fontes físicas (livros, bibliotecas) não possam ser utilizadas. Contudo, a idéia é a de utilizar as informações disponíveis no ciberespaço para produzir conhecimento.
Para Lévy, “o ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo” (LÉVY, 1999, p.17). Ou seja, aqueles que utilizam e divulgam informações na web são parte desse novo espaço comunicativo e é por isso que aprender a selecionar informações na rede parece tão importante hoje.
Através da webquest um professor pode dar um novo enfoque para o planejamento e a aplicação de suas aulas. Com esta metodologia é possível iniciar ou aprofundar os conhecimentos acerca de um determinado tema. Tudo isto de forma colaborativa e não dependente de se estar na escola. Uma webquest pode ser realizada em casa, a distância.
O professor precisará elaborar um plano de trabalho que contemple as etapas: introdução, tarefa, processo, recursos, orientações, avaliação e conclusão. Cada etapa, profundamente vinculada entre si, conduzem o aluno ao processo de pesquisa em fontes indicadas pelo professor, mas permitem a utilização de outras tantas a que o aluno chegue por conta própria.
É importante, contudo, situar o aluno na introdução sobre o que se espera dele, como ele deverá proceder no seu caminho de pesquisa (processo), dar-lhe mecanismos mínimos de organização (grupos, pesquisa individual). Por isto, o professor deve ter muito claros os seus objetivos ao solicitar uma webquest.
O diferencial da webquest é possibilitar o pensamento profundo sobre o tema de estudo. Não basta apenas selecionar superficialmente as informações, algo que os alunos fazem utilizando os atalhos “ctrl c/ctrl v”. Ao interligar esta seleção de informações à produção de algo que possa ser apresentado como resultado de pesquisa, cria-se um caminho para a produção de conhecimento, o que ocorre de forma mais marcante e motivadora para o aluno, pois ele é parte integrante e ativa do processo educacional.
“Na aprendizagem por projetos os alunos e professores levantam hipóteses, analisam, organizam, selecionam informações, buscam desenvolver novas formas de comunicação, (...), refletem, imaginam e exercitam a cidadania através de atitudes solidárias e autônomas, enfim, mostram o que querem, o que sabem e o que podem fazer – são autores e atores que criam e inovam nos procedimentos e metodologias utilizadas, descobertas e recriadas” (Barros, p.10). Trata-se de levar o aluno a pensar de modo científico (hipóteses, análise, resolução de problemas), a estimular a sua curiosidade.
Além da webquest tradicional (com as etapas mencionadas acima), há ainda modelos menores que podem ser usados para o planejamento de uma única aula e que envolvem tarefas mais práticas. Este é o caso das miniquests e dos caça-tesouros. Alternativas interessantes para professores do ensino fundamental, por exemplo.

Visão particular

A webquest é uma metodologia riquíssima para ser explorada pelo professor. Isto porque ela pode tornar a aprendizagem divertida, dependendo do enfoque dado pelo professor.
Visitei webquests voltadas para a utilização de mídias na educação e formação de professores.Há desde tarefas muito básicas a tarefas mais exigentes e complexas. Tudo depende do grupo e dos objetivos do professor.
Caso as tarefas elaboradas sejam realmente dinâmicas e capazes de despertar o pensamento crítico do aluno, é possível, através de uma webquest, estabelecer projetos em que o aluno pode participar ativamente da produção do conhecimento. Na pedagogia de projetos uma webquest pode ser um ótimo recurso.


Webquests visitadas
http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w5.php?id_actividad=16556&id_pagina=5 – sobre uso das tecnologias


http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=20138&id_pagina=1 sobre variação lingüística

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_mondrian_w.php?id_actividad=16125&id_pagina=1 – webquest na escola (recomendável para apresentar aos profes)

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=16556&id_pagina=1 – sobre uso das tecnologias educacionais
Fontes citadas:
BARROS, Gílian Cristina. Webquest: Metodologia que ultrapassa o ciberespaço. Paraná, novembro de 2005, p. 10)
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999, p.17)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tecnologia para a saúde

Foi publicado na Revista Saúde! (edição de agosto 2010) mais um caso em que a tecnologia pode atuar em prol da saúde. Estudos sobre o videogame Nintendo Wii o recomendam como recurso contra o sedentarismo, com benefícios garantidos para a saúde cardiovascular, sendo aprovado pela Associação Americana do Coração (American Heart Association). No Brasil, o game já está sendo usado em estudos na área da fisioterapia, garantindo força e equilíbrio de acordo com a versão empregada no tratamento dos pacientes.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Historinha

Internet


Internet e cognição


“A televisão me deixou burro /muito burro demais/agora todas as coisas que eu penso/me parecem iguais”. Lembra desse hit dos Titãs? A música é de 1985 e fazia uma crítica ao telespectador passivo em frente da telinha, deixando-se manipular pelos conteúdos da mídia.
Agora, pesquisadores americanos questionam os efeitos da internet sobre o cérebro humano. Sabe-se que a rede é tecida pelos hiperlinks, os nós de conhecimento, e que uma de suas características é a não linearidade de leitura, uma vez que, se o link for atraente, o leitor pode ir “saltando” entre páginas, telas, janelas.
Na edição de agosto da revista Galileu, a reportagem de capa indaga: “A internet está deixando você burro?”. Para Nicholas Carr, autor do livro The Shallows: What Internet is Doing to Our Brains (Os rasos: o que a internet está fazendo com o nosso cérebro), o uso constante da internet com todos os seus atrativos (MSN, links, várias janelas abertas, leitura de e-mails, visualização de vídeos, etc.) está alterando o modo de funcionamento cerebral. As leituras na rede tornam-se apressadas e superficiais, não há tempo para que a informação seja armazenada adequadamente no cérebro. Segundo os estudos desenvolvidos, quanto mais leituras não lineares (interrompidas com freqüência) são feitas, menor se torna a capacidade de memorização e, portanto, reduz-se a capacidade cognitiva. Isto porque “‘(...) necessitamos de atenção para que possamos aprender’, afirma Paulo Henrique Bertolucci, professor de neurologia clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)”*.
Nenhum dos autores citados na matéria afirma que a internet é de todo nefasta. Pelo contrário, o que pregam é que além do uso da internet, as pessoas destinem algum tempo para a leitura de livros e revistas, uma leitura linear e sem interrupções. Isto, supõe-se, garantiria um reforço na criatividade, na imaginação e também um enriquecimento vocabular. A internet não é o problema, nem há como evitá-la, o problema está na sobrecarga de tarefas desenvolvidas online e na quantidade absurda de estímulos diversos recebidos durante o período de conexão.
Quatro depoimentos ilustram o artigo. São jovens profissionais entre 20 e 25 anos que relatam suas experiências com a internet e os efeitos dessa utilização no seu dia a dia. Lapsos de memória, dificuldade em memorizar obras literárias, necessidade de verificar e-mails com frequência são alguns dos problemas apontados. E a matéria acaba indicando 5 soluções para a “desintoxicação” da web: estabelecer um horário fixo para acessar e-mails e twitter (como forma de diminuir a ansiedade); eliminar links e distrações da tela (para garantir maior capacidade de concentração); passear no parque (como uma forma de acalmar a mente); exercitar o cérebro com livros e rádio (para estimular áreas que a internet não atinge) e permanecer desconectado por algum tempo (para relaxar o cérebro).
Costuma-se dizer que “menos é mais”, talvez isso possa ser aplicado à web também. Com moderação ela não causará nenhum dano cerebral e incluir livros, música, passeios, exercícios físicos na rotina diária ou semanal certamente não fará mal nem ao espírito, nem à mente, nem à capacidade cognitiva e muito menos ao físico.

(*PONTES, Felipe; MALI, Tiago. A internet está deixando você burro? Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, nº 229, ago. de 2010, p. 38-47.)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Playing for change

O segundo vídeo da minha postagem anterior faz parte do projeto Playing for Change - Peace through music (Tocando para a mudança - Paz através da música). O vídeo que selecionei é de 2008. São vários músicos de rua do mundo inteiro, tocando Stand by me, conhecida na voz de John Lennon. A música conecta as pessoas, não importa no que elas acreditem.
Pedagogicamente, o vídeo é útil na aula de línguas para o trabalho com os aspectos culturais da aprendizagem de um idioma. A música explorada é cantada em inglês, com sotaques muito diferentes, o que não impede que haja a compreensão. Conhecer a música na interpretação de John Lennon, poderia ser o próximo passo: estudar a letra, verificar se ela condiz com a ideia do projeto de promover a paz através da música. E o professor poderia, ainda, debater a visão dos alunos sobre o projeto Playing for Change, através de questões pessoais ou em pequenos grupos.